terça-feira, 15 de setembro de 2009

A Globo acompanhando a evolução da televisão



A Rede Globo estreou em 2008 a sua nova marca. Hans Donner introduziu uma nova linguagem visual não só a Rede Globo, mas a toda a televisão aberta, efetivando assim, a importância do design gráfico televisivo no Brasil.

A introdução da ilusão da terceira dimensão na programação visual da TV Globo foi um dos principais avanços promovidos por Donner. Graças às mais caras, importadas e modernas máquinas computadoras, possibilitou-se o uso da cor na simulação de volume, texturas metálicas, refrações e reflexos em vidro, feixes de luzes coloridos, sombras e brilhos. Além disso, os movimentos destes elementos ganharam profundidade e perspectiva.

Substituia-se assim, as formas simples com cores chapadas e contrastantes das vinhetas psicodélicas da década de 60 e 70. Os contrastes eram necessários, já que as vinhetas ainda eram vistas em tons de cinza pela maioria dos telespectadores em aparelhos em preto e branco.

A Rede Globo acabou se mostrando como uma empresa que está sempre à frente do seu tempo, “antenada” e atualizada aos mais recentes avanços tecnológicos da informação e comunicação. “Recursos tecnológicos de última geração e know-how desenvolvido internamente por seus profissionais das mais diferentes áreas elevaram a Globo ao posto de principal fornecedor de imagens do Brasil para o exterior e para o próprio país”, é como se descreve a emissora em seu site.

Somente em 1975, com Hans Donner, que a identidade começa a assumir a forma atual. Através de alguns rabiscos sobre um guardanapo durante um vôo de avião, um “novo globo” com luzes e sombras surgia, se tornando o novo símbolo da Rede Globo. A “abertura” do globo faz uma clara alusão a uma tela de televisão devido ao seu formato.

Com a evolução da computação gráfica e a popularização de televisão em cores, a marca começou a ganhar cada vez mais efeitos, brilhos e atributos cromáticos para demonstrar o avanço técnico e estético da emissora. Além de sempre revitalizar seu padrão hightech (alta tecnologia), essas modificações foram trazendo à marca valores subjetivos importantes como a emoção, a imponência e o espetáculo, evitando qualquer relação com a frieza e a distância que o metal e o vidro pudessem trazer.

A internet, a interatividade e os conceitos de televisão digital trouxe novos rumos a televisão brasileira. Diante disso, a equipe de criação de Hans Donner e a Rede Globo não podiam deixar de evidenciar, atráves de seu símbolo, esse novo processo evolutivo. Com isso, a abertura quadrangular ganhou um formato wide (16:9), assim como o utilizado pelas novas televisões. Com as mudanças, essa nova “tela” também recebeu uma “maior definição”. O degradê colorido que a compõe, agora em high definition, não são mais formados por formas triangulares e sim, por linhas horizontais. Além disso, o conceito high-tech acompanhou as tendências estéticas atuais e recebeu um ar mais limpo e leve, com efeitos inspirados naqueles utilizados pelas interfaces de sistemas operacionais e na web. O símbolo da Rede Globo acabou tornando-se, de certa forma, um grande botão. Com isso, os telespectadores podem também se tornar usuários desse mundo, agora menos distante por conta dos novos meios interativos. E tudo isso, segundo o próprio Hans Donner comentou durante a apresentação da marca no Fantástico, vêm sorrindo através de um “sorriso” subliminar produzido pelos efeitos metálicos da esfera. Mais uma vez nota-se a necessidade da Rede Globo de se mostrar sempre à frente através da tecnologia e qualidade, sem abrir mão de tornar cada vez mais explícito a importância do seu valor emocional.

Vinhetas 2009

Para comemorar o Ano Internacional da Astronomia, Hans Donner e sua equipe introduziram a esfera metálica no contexto do universo em meio a diversos planetas e estrelas. E “cometas” coloridos formados por placas luminosas vão ao encontro da esfera para a completar o símbolo da Rede Globo.

Edições Comemorativas

Em datas comemorativas de aniversário, a emissora cria um novo simbolo comemorativo, usado em algumas vinhetas institucionais que representa a quantidade de anos que a emissora está no ar.


10 anos

15 anos

20 anos

25 anos

30 anos

40 anos

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