segunda-feira, 7 de dezembro de 2009

Os 5 sentidos para um livro-objeto

A proposta do trabalho apresentado é reabilitar o usuário à experiência estética e tátil, através de questionamentos diretos e da elaboração de um projeto gráfico que visa interromper com a zona de conforto do usuário.


Martin Lindstrom defende a teoria de que a probabilidade sucesso de uma marca é relativa às dimensões sensorias nas quais ela atua, teoria essa que chama de 5D. Ou seja, essas 5 "dimensões" seriam nossos cinco sentidos: o olfato, a visão, o paladar, o tato e a audição – sabendo-se que nosso que nosso olfato é o sentido que influencia emocionalmente 75% a mais do que os outros sentidos. Acerdita-se que as marcas não são somente visuais e racionais, marcas são presentes em nossas mentes e corações, marcas são, hoje, sentidas.


Para o PDG apresentado, o livro objeto, falemos então que os sentidos abordados no produto físico são o tátil, o visual, o olfativo e o sonoro. Sendo que o visual permeia todo o projeto.


O livro foi projetado da seguinte forma: sua capa revestida de couro apela para o sentido tátil e olfativo, aonde a escolha foi feita pensando no diálogo estabelecido com o conteúdo do livro 9fotos de corpo humano), ou seja, o couro remeteria à pele em geral. Suas folhas de miolo são de gramatura bem pequena e laminadas, proporcionando um movimento das folhas (tátil) e um som (sonoro) diferente das dos livros de arte que vemos hoje em dia nas livrarias, isso quebra com harmonia e a zona de conforto do usuário, fazendo-o atento às pequenas uances apresentadas no livro. Já no final do livro, o usuário é convidado a "recopar" as fotos vistas com uma pequena janela de papel que lhe é fornecida, assim, ele interage com o livro, tornando-se uma especie de co-autor do livro.


Os pontos de contato com o consumidor final são muitos, a começar que o livro é escolhido através do toque – por isso a capa de couro. Depois, o consumidor folheia o livro, assim ele estimula todos, ou quase todos, os seus sentidos. Logo, pode-se dizer que todos os mínimos fatores virão a influenciar sua decisão na hora da compra e que os pontos de contato, no mercado editorial em geral, são mais naturalmente explorados do que em outros mercados, onde as mecadorias normalmente ficam embaladas e protegidas dos sentidos humanos.

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